quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Na Suécia, faça como os suecos!



Depois de quase um mês de férias da estrada e do velódromo, o outono bate na porta e nada melhor que as planicies nórdicas para começar a se acostumar ao longo inverno que se aproxima.

Ultimamente cheguei à conclusão que viajar com a bicicleta, além de ser um saco, está cada vez mais caro e realmente não vale a pena. Mais fácil chegar ao destino, descobrir qual é o "Alô Negócios" local e descolar uma magrela no lugar.

No segundo dia de Estocolmo já havia conhecido a fina flor dos trambiqueiros locais de bicicletas e já descolei uma magrela Crescent "honesta" da metade dos anos 80 com tubos Tange e grupo full Campagnolo Triomphe. Nada mal...

Marcados meia-dúzia de encontros para ver bicis de segunda mão, emprestei uma Monark Crescent do pós-guerra de um amigo e fui pra luta. Apesar da pinta de tanque de guerra das bicicletas de cidade antigas (pneu balão, freio de pé, 3 marchas internas, etc.), não podemos esquecer que elas levam mais de 60 anos na rua debaixo de sol, chuva, neve, gelo... Apesar de pesarem uma tonelada e de serem feitas com o mais nobre do ferro germânico, os anos acabam pesando. 1 km de casa no final de uma subidinha, o eixo do pedal direito explodiu, o pedal quebrou, e o bonitão aqui beijou o asfalto. Saldo: dois dedos da mão direita mais ou menos destruidos e dor muscular em toda a parte direita do corpo.



Tive que ir andando ver as magrelas e o primeiro cara que conheço é o grande Simon (grande mesmo, a "criança" tem uns 2 metros de altura de pura simpatia e cordialidade). Além de colecionar bicicletas clássicas de estrada, ele também vende as coisas que não interessam muito e depois de ver o que ele tinha disponível e não achar nada interessante para as minhas necessidades, expliquei pra ele que iria ver um outro vendedor num suburbio no sul de Estocolmo. Não consegui conter minha surpresa quando o Simon disse, "meu, é meio longe até lá pra ir a pé ou de ônibus! Melhor você pegar uma das minhas bicicletas, se não você não vai chegar a tempo!". Antes de eu sequer digerir a cordialidade e cavalheirismo do cara, ele já havia jogado uma Vicini com grupo Miche na minha mão, já me havia dado o código da portaria do prédio e me mostrado onde eu deveria deixar a bici depois de usar! Ele estava de saída e não estaria em casa na hora que eu voltasse pra devolver a bici, então, "basta deixar no patio e tá limpo!".

Eu já sabia que o lance aqui na Suécia era "outro nível", mas estando acostumado com Barcelona (onde nem quando você vai comprar uma bici em cash os caras confiam em você), o nível de educação e cordialidade aqui me deixou de queixo caído.

Munido de transporte próprio, fui até o Tomas, outro cara muito gente boa que além de me mostrar toda sua coleção de bicis (algumas guardadas dentro de um cofre subterrâneo!!), resolvemos nosso problemas com uma Crescent feminina de cidade para a Rosa e uma Crescent de estrada pra mim. O preço foi uma barbada e realmente fiquei com vontade de comprar mais coisas, mas as vezes temos que manter o foco.

Não precisa falar que o Tomas (já eram 10 da noite) se ofereceu para me trazer de volta a Estocolmo de carro, pois já estava tarde! Claro que não aceitei, pois foi um prazer pedalar pelas ciclovias e cruzar as inúmeras pontes da cidade pra voltar pra casa. No dia seguinte o novo amigo Tomas veio entregar as magrelas e hoje pude fazer o primeiro treino depois de quase 1 mês sem tocar na bicicleta!

Para os que gostam das Monark e aqueles infames pedivela monobloco, vale a pena lembrar que elas são daqui e o que mais se vê pelas ruas são as malditas em uma grande variedade de modelos, desde cidade, até estradeiras. A marca se juntou à Crescent e hoje em dia é parte do conglomerado Cycleurope.

A primeira pedalada por aqui foi divertida apesar da média de 10 ºC, mas o sol ajudou bastante. Quem castigou foi o vento. Dada a falta de aclives, sai achando que seria fácil pedalar por aqui. Doce ilusão, já que aqui temos um vento forte e constante (sempre contra, é claro) e os morrinhos apesar de curtos e com pouca inclinação, pouco a pouco vão destruindo as pernas. Mais ou menos como pedalar em Limburgo...










A primeira impressão da Suécia foi extremamente positiva! Temos muito que aprender com esses caras!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Questionário Ciclo Iguaçu


Companheiros (as) da CicloIguaçu,
já temos cerca de 170 respostas ao formulário abaixo.
Seria muito bom chegarmos a 1000.
Peço que quem não respondeu, por favor responda. 5 minutinhos!!
E repasse para os demais. É uma coleta de dados importante.
Abraços,
Goura

Os ciclistas e as eleições para prefeitura de Curitiba

Este ano há eleições municipais e certamente o trânsito em nossa cidade será um dos temas principais dos candidatos à prefeitura.

Por isto a Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu elaborou uma breve pesquisa, para que possamos ter dados da ciclo-mobilidade em nossa cidade e com isto ajudar o poder público na elaboração de projetos e nossas ações junto aos ciclistas.

Sua ajuda com a resposta e a divulgação da pesquisa é muito importante.

Assim que responder por favor encaminhe o e-mail e divulgue na redes sociais.

Vamos fazer de nossa cidade referência em mobiblidade urbana, saúde dos cidadãos e ecologicamente correta.



Muito Obrigado

Atenciosamente

Equipe da Ciclo Iguaçu

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Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu - CicloIguaçu - http://altoiguacu.ciclistas.org.br