segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Fixa Monárcia
De Monárcia à Mona, a saga da monark 10 que virou caloi 10 que virou sprint 01
Tudo começou quando comprei uma monark 10. O Canna, em minha homenagem, deu a ela o nome de Monárcia. Ela estava toda zoada, detonada mesmo. Tinha rodas, mas carcomidas por ferrugem, a pintura estava nojenta, enfim um lixo. Comecei a ver como fazer para pintar e comprar as peças. A coisa foi demorando e resolvi partir para um plano B, que consistia em comprar uma bike em melhores condições. Achei uma caloi 10 bastante boa, mas não consegui ajustar meus horários com os do proprietário, e uns 10 dias depois parti para uma caloi sprint 10.
A Monárcia foi pro Canna, a caloi 10 pra pqp e a sprint (ainda) 10 - em futuro batismo, Mona - fui buscar em Guarulhos, na minha primeira viagem àquela cidade. De metrô e ônibus. Confiando nas fotos e nas palavras do vendedor, decidi que voltaria pedalando uma bike desconhecida. Como o endereço ficava perto da Ayrton Senna, em poucos metros eu estava no acostamento de uma rodovia. Sentindo que o banco precisava estar mais alto. Que os freios poderiam estar melhores (mas, afinal, era uma sprint) e que era bom me acostumar logo àquela postura completamente diferente do habitual. Entrei na marginal e novamente as origens loiras atacaram, confundi a entrada para a marginal da marginal e de repente eu estava na pista expressa da marginal tietê!! Acho que os motoristas ficaram tão surpresos que ninguém passou perto de mim, então achei bom e segui um bom trecho por alí mesmo… Essa foi a segunda aventura - considerando a primeira ter a bike inteira e funcionando.
Cheguei em casa sã e salva, e à noite Canna e JuM apareceram para a transformação… que não aconteceu. A marreta de precisão não foi páreo para a catraca, então “apenas” depenamos a bike e no dia seguinte fui convencer meu bicicleteiro a montar uma fixa. Não sem antes ficar um tempão passando uma massa que ganhei do Canna para que as marcas do tempo fossem suavizadas. Algo como, segundo a JuM, uma exfoliação. Vários machucados nas mãos depois, a bike estava rejuvenescida.
O bicicleteiro precisou de 24hs para tomar coragem e sábado de manhã eu já estava lá pressionando o cara pra poder ter uma diversão fixa no finde. Às 13:00hs a bike estava pronta, de pneus novos (os antigos estavam péssimos) e eu ainda dei mais trabalho para ele pq comprei a fita anti-furo e claro que queria que ele colocasse.
Mas tive que trabalhar e não pude usar a bike no sábado, coisa que só aconteceu hj, domingo. Foram 2 rolês:
O primeiro, uns 50 minutos pedalando (no intervalo da garoa). Algumas considerações:
1- preciso de um canote maior
2- o selim continua empinando, apesar de todos os apertos. Preciso de outro carrinho, é isso?
3- o pedal esquerdo dá um soquinho num ponto da volta. É o pedal, não é o pedivela. Isso é questão de aperto ou terei que trocar os incríveis pedais de berlineta que acompanham a sprint?
4- a relação é pesada, mas menos do que achei. Até consegui encarar umas subidas, claro que não muito grandes nem tãoooo inclinadas. Mas preciso ajustar a altura do banco para não destruir meus joelhos.
5- Acho que talvez quem sabe esteja começando a pegar o jeito de reduzir a velocidade dela. Na verdade nesse rolê estava preocupada basicamente em parar, que é meu grande medo nessa bike. Para quem conhece minha casa, consegui encarar a descida até meu portão segurando a velocidade no pedal, só brequei na porta. Mas… DÓI!!! E claro que estou longe daquelas brecadas destroem pneus, só reduzo a velocidade, e ainda assim porque a velocidade anterior não era tanta. Mas é um começo, né?
O segundo, agora à noite. Nesse eu estava um pouco mais adaptada à bike, continuando mais preocupada com como segurá-la que com velocidade ou malabarismos (esses tentarei na garagem, escondida de todos. Chega de tombos públicos). Impressões:
- De fato não peguei nenhuma subida bicuda, mas fiquei espantada de encarar várias subidinhas pelo caminho e superar todas. Decidi que não quero mexer na relação nesse momento;
- Tive um momento de susto grande quando resolvi correr num trechinho. Perdi o controle dos pedais e fiquei com as pernas no ar esperando reduzir a velocidade para conseguir “achar” os pedais novamente. Achei que ia me arrebentar no chão. Mas foi bom porque então resolvi que tinha que treinar pedalar, e não só tentar parar. Sim, sei que o firma-pé serve exatamente para esses momentos…
- O soquinho no pedal esquerdo aumentou. Agora são 2 socos, em momentos distintos. E agora tenho um nheco-nheco no pedivela. Aquela história de bike silenciosa foi pro saco. Visita ao mestre bicicleteiro amanhã…
- Dores: nas mãos, em alguns lugares nas costas, na bunda e um pouco nas coxas.
Dados técnicos:
Sprint 10 1979 - com algumas peças datando 1978. Acho que tirando a fita do guidão o resto é tudo original
Relação: 52 X 20
Valores:
Bike - 230,00
Pneus e montagem da fixa - 70,00
Fita anti-furo - 36,00
Peças da fixa - preciso da ajuda do Canna para saber… algo como 60,00?
Acho que é isso.
E a minha fixa é a mais linda de todas, porque é minha!!!! hehehe
Márcia
PS: e agora temos um bicicleteiro que monta fixas!
PPS: Fonte: http://fixasampa.wordpress.com/category/depoimentos/
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7 comentários:
Ei, mas essa verdinha da foto não é a Mona, é a Mafalda!!!
GABBA,
é a Mafalda da JuM, lá no fixa Sampa, tem a história, foi o Canna, que montou para a Jum.
HUm, perdão pela falha. Então, por favor mandem o relato da JuM e a foto da Monárcia pra eu arrumar aqui.
Gabriel, na página do fixa Sampa está a foto da Mona... procure por ela no depoimento
http://fixasampa.wordpress.com/category/depoimentos/
Abs,
Márcia - a feliz proprietária da Mona
Espero que agora esteja certo. Desculpem a falha técnica...
Se alguém puder esclarecer e mandar o depoimento sobre a verdinha que estava na postagem, é bem vindo.
Gabriel, a verdinha é a Mafalda, fixa da Ju.
Tá nesse link:
http://fixasampa.wordpress.com/2008/10/24/nova-fixie-paulista/
Não sei se vc soube que houve um acidente com ela na última bicicletada, alguém foi experimentar e acertou um ônibus (ou algo assim). Eu não estava lá, mas soube que o estrago foi grande (uns pontos na cabeça do usuário e destruição parcial da Mafalda).
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