sábado, 28 de março de 2009

quinta-feira, 26 de março de 2009

MÚSICA PARA SAIR DA BOLHA


Nesta sexta-feira, 27 de março, reiniciam as atividades do projeto MÚSICA PARA SAIR DA BOLHA - uma série de performances musicais acontecendo na rua, na hora mais tensa do trânsito, quando os motoristas estão aglomerados em congestionamentos, stressados, nervosos e impacientes com a lentidão provocada por eles próprios.
A proposta, que aconteceu inicialmente no ano passado durante a segunda edição do ARTE BICICLETA MOBILIDADE (www.artebicicletamobilidade.wordpress.com), é uma iniciativa do coletivo artístico Interlux, e pretende jogar um questionamento sobre o paradigma urbano centrado na mobilidade motorizada e suas mazelas sociais que se tornam cada vez mais explícitas. O carro é uma ilusão. A sensação de segurança e rapidez escondem as armadilhas do sedentarismo, nervosismo crescente, endividamentos perenes, sem falar nos terríveis danos ecológicos de sua produção e manutenção.
As autoridades de Curitiba, por sua vez, tratam a questão de forma leviana, omissa. A falta de estruturas para transitar com segurança de bicicleta pela cidade vem sendo apontada há muito tempo e todos os orgãos municipais estão agindo com deliberada negligência. A inserção da bicicleta no cotidiano dos cidadãos, através da criação de ciclofaixas, paraciclos e do fomento de uma cultura de respeito a bicicleta, deveria ser estimulada e apoiada. O que vemos, no entanto, é a indiferença. Mais do que isto, a prefeitura ainda multa aqueles que estão propondo alternativas inteligentes, criativas e não-poluentes - http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=836083

MÚSICA PARA SAIR DA BOLHA é a celebração da rua como espaço de convivência, de troca, de vida. É a crítica do trânsito feroz que destrói toda sociabilidade, cria espaços de isolamento e é causa direta de inúmeras mortes e atropelamentos. Toda última sexta-feira do mês, no cruzamento das ruas Augusto Stresser e Barão de Guaraúna, a partir das 18hs, a música estará fluindo, de graça, sem espetáculos, sem fumaça, sem cara-feia.

É só aparecer!

Serviço:
MÚSICA PARA SAIR DA BOLHA
27 de março (e toda última sexta-feira de todo mês) - 18hs
Cruzamento da Stresser com Barão de Guaraúna (Alto da Glória)
Música com O Lendário Chucrobilly Man, Toró e Amigos
Contatos: 9125-8999 / 9639-2079 / 9678-7091

quarta-feira, 18 de março de 2009

COPA SMEL DE CICLISMO – 2009


SECRETARIA MUNICIPAL DO ESPORTE LAZER
REGIONAL MATRIZ
COPA SMEL DE CICLISMO – 2009

Local: Centro de Esporte Lazer VELÓDROMO

PROGRAMAÇÃO 2009

1ª ETAPA: 21 DE MARÇO (SÁBADO – 14 HORAS)

SCRACTH / 10 km – Bicicleta de Pista – Aberto (2 km NEUTRALIZADOS)
SCRACTH / 5 km - Bicicleta de Estrada – ESTREANTES (F/M)
SCRACTH / 8 km - Bicicleta de Estrada – JUNIOR M/aberto F (3Km NEUTRALIZADOS)
SCRACTH / 8 km – Bicicleta de Estrada – MASTER M (3Km NEUTRALIZADOS)
BOLA DE NEVE - Bicicleta de Pista – Aberto
SCRACTH / 8 Km - MTB – Aberto (3KM NEUTRALIZADOS)
SCRACTH / 10 KM - Bicicleta de Estrada – Aberto - 5Km NEUTRALIZADOS

2ª ETAPA: 22 DE MARÇO (DOMINGO – 9:00 HORAS)

SCRACTH / 10 km – Bicicleta de Pista – Aberto (2 km NEUTRALIZADOS)
SCRACTH / 5 km - Bicicleta de Estrada – ESTREANTES (F/M)
SCRACTH / 8 km - Bicicleta de Estrada – JUNIOR M/aberto F (3Km NEUTRALIZADOS)
SCRACTH / 8 km – Bicicleta de Estrada – MASTER M (3Km NEUTRALIZADOS)
BOLA DE NEVE - Bicicleta de Pista – Aberto
SCRACTH / 8 Km - MTB – Aberto (3KM NEUTRALIZADOS)
SCRACTH / 10 KM - Bicicleta de Estrada – Aberto - 5Km NEUTRALIZADOS

Inscrição GRATUITA NO VELÓDROMO – TELEFONE (41) 3218 2408

REGULAMENTO NO MURAL DO VELÓDROMO

segunda-feira, 16 de março de 2009

Speed Cycles

A beleza desta pisteira Hetchin's de 1995 (não parece, mas já se passaram quase 15 anos da fabricação desta obra de arte) esta nas curvas do triângulo traseiro do quadro e no excepcional trabalho feito nos cachimbos.

Esta Allegro de 1955 tem como característica o acabamento totalmente em cromo. Um exemplo clássico das bicicletas usadas no pós-guerra.

Uma bela e original Ottusi de 1985.

A magnífica Bianchi Pista de 1976.

Uma Tigra Piste suiça de 1960.

A bela Pinarello Pista de 1982 com seu canote especialmente gravado.

Olmo Pista de 1975 saida recentemente da fábrica!

La Perle Piste de 1952.

Notem as cores dos belos cachimbos desta Jules Frei Special de 1962.
A suiça Goldina de 1965.

A Gios Torino Pista com sua característica roda dianteira quase encostando no quadro.

A legendária Gios Super Record Pista.

Uma Detto Pista de meados dos anos 80.

A suiça Cilo Piste Sprint de 1951 com seu belo avanço rebaixado e guidão Philippe.

Preservação e Restauração X Reforma

As fotos desta postagem foram retiradas do museu virtual do site "Speedbicycles".
Este site mostra em detalhes e belas fotos a coleção iniciada por Stephan Schaefter nos anos 80. Como verdadeiro colecionador e preservador de bicicletas clássicas, a preocupação com originalidade e peças que respeitem o período dos quadros é impressionante!
A exemplo do método aplicado por Marcelo Afornali, do "Bicicletasantigas" de Curitiba, a intenção é sempre antes de restaurar, preservar. A bela "patina" acumulada com o passar dos anos sempre tem preferência e as restaurações só são feitas em casos especiais e quando realmente necessárias, sendo que quando feitas, utilizam métodos de pintura e muitas vezes tintas, vernizes e decalques de época.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Pinha fixa?




Para acabar com a monotonia do fim de tarde e depois de pedalar, é claro, fiz um apanhado sobre os sites em português que falam sobre as fixas...

Sim, cada vez tem mais gente pelo Brasil construindo e pedalando suas fixas e isso me faz lembrar de quando eu estava em Londres quando a "moda" começava timidamente...Sabe que eu comprei a idéia romântica do "pedalar com menos marchas + com bicicletas e peças recicladas + mostrar que não é necessário comprar tecnologia para pedalar" e foi esta inocência que acabou por me desapontar com a maioria das pessoas que pedalam fixas. Claro que é massa ver os relatos aí do Brasil e ver que a turma ainda batalha suas próprias conversões e ainda tem de garimpar peças para montar suas fixas!

Por enquanto as coisas no Brasil parecem saudáveis e vão permanecer assim até o momento em que o número de usuários seja expressivo, criando um mercado para ser explorado por fabricantes e lojistas de forma idiota, e para os idiotas.

Sim, não podemos esquecer a máxima "macaco vê, macaco faz", que rege as modas em todo o mundo, mas que tem em lugares "em desenvolvimento" como o Brasil uma ótica ainda mais perversa (seguramente teremos um dia, cidadãos menos abastados comprando no crediário fixas com um esquema de cores combinado com a cor da cueca, da mesma maneira que o "maninho" empenha seu salário de office-boy pra comprar um "tenãos Nike de molinha").

Eu sei que vendo o lance acontecendo no mundo todo e com a fartura de vídeos, fotos, blogs e sites, dá vontade (em alguns) de ter à disposição aí na Bananolândia mais opções de material de pista e a partir do momento em que já começamos a notar o crescimento do grupo de "aFIXionados", é que a coisa começa a tomar o rumo idiota com que "o sistema" transforma tudo em um produto saido do forno e fresquinho para ser consumido pelos infelizes escravos, dando-lhes momentos de felicidade (que acabam quando começa aquele comichão de ter que comprar fita de guidão que combine com os pneus).

Sim, pedalar fixa pelas ruas (e no velódromo) é uma experiência ímpar, que dá ao ciclista um sensação que só os que pedalaram sabem do que se trata, mas daí a acreditar que pedalar fixa vai te colocar mais próximo ao Olimpo ou te transformar no novo Messias...francamente...

Sim, entendo como nós ciclistas (digo, seres sobre-humanos, nobres e iluminados) temos vontade de que até nossa avó pedalasse (e se for de fixa, melhor ainda), e foi talvez por isso que fiz esse blog e imagino que tenha sido o que levou vocês leitores a "divulgar as benesses da bicicleta" no mundo real e virtual, mas é uma pena que isso tenha o efeito colateral de criar mais uma "moda", que vai ser tão idiota e passageira quanto o "Pogobol"...A única vantagem é que a "moda" criou vários "carros a menos" pelas ruas, e isso já é bom por si só.

A pena é que foi criado mais um mercado para "vender felicidade" através de produtos com cores exóticas.

Bons tempos aqueles em que eu garimpava minhas pecinhas na loja do Sr. Romeo...

Enfim, aqui vai uma lista com os blogues que de uma forma ou de outra tratam (entre outras coisas) das fixas:

Mocó do Canna
- Ótimo pra quem tá reciclando aquela velha Caloi 10. Dicas e fotos preciosas que te pouparão bastante tempo no jogo de "tentativa e erro" na hora de converter sua primeira fixa.

Pedalante
- "Pensante" cairia melhor, não? Política, fixas e afins.

FIXA SAMPA
- Os turminhas de SP levam o lance a sério e estão até organizando a "1ª Fixolimpiadas".

Sociedade Audax de Ciclismo
- Muito bacana o relato dos turmas de Porto Alegre. Interessante o fato dos caras usarem o termo "pinha fixa" para se referir ao lance...

BiciBrasil
- Mais informações e relatos sobre cicloturismo e...fixas!

Meandros
- Outro turma de CWB. Bicis, fixas, ativismo e poesia.

Liberdade na era tecnológica?
- Pra quem acha que no Brasil tudo chega depois..É porque vocês nunca estiveram em Portugal!

Araraquara Bikes
- Mais um divulgando a idéia genial...Aliás, até agora não entendi por que os caras de Londres inventaram isso...Tem uma idéia chamada "cubo de pista", que tem mais de 100 anos e que dá de 1000 a zero na conversão de cubos de freio a disco....

Fenix Bikes
- Mais um passo-a-passo de como converter uma Caloi 10 em fixa.

Juice Studio
- Apesar de parecer um blog gringo, contar com uma coletânea de imagens estrangeiras e de não ter infos em português, o Pablo é de SP e curte as fixas também.

Além dos blogues e tal, já pipocam alguns fóruns em português. Além do fórum infame, que me recuso a dizer o nome, mas dou a dica que começa com "pe" e termina com "dal", existem:

Forum 01 no Nabble

e

Forum 02 no forum da bicicletada CWB

Divirtam-se e a cima de tudo: PEDALEM!

Bicicletada Noturna em CWB

sábado, 7 de março de 2009

Davi Romeo


Vejam os primeiros passos de um trabalho a longo prazo na pista. Talvez não seja o ideal, mas é o primeiro passo. A CBC esta reformulando e incentivando as federações que possuem velódromo a trabalhar com independência. No Rio de Janeiro já começou. Davi Romeo ciclista Curitibano, integrante da Equipe Flying Horse / Caloi / Suzano, dirigida por Mauro Ribeiro também de Curitiba. Davi estabeleceu ontem o recorde do km na pista do Rio. Marca de - 1’ 07” 07 Esta é a melhor marca do km feita em um velódromo no Brasil, por um ciclista brasileiro e treinando no Brasil. E a quarta melhor marca feita por um brasileiro na história do km. Também bateu o recorde do 500 m lançado estabelecido durante a inauguração da Pista Carioca, Pan de 2007. A marca era do ciclista brasileiro Fernando Firmino de 30” 90. Davi marcou na manha do dia 16 de março a marca de 30” 40 para 500 m lançados. Homologado no mesmo dia durante o campeonato Interestadual promovido pela FECIERJ, Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro. Para findar o programa Davi venceu a prova do Scratch. Totalizando 3 medalhas de ouro. Na próxima semana será realizado no velódromo do Rio, o Troféu Camaleão de Pista, evento que findará a primeira etapa do PROJETO PEDALA RIO – viva sem drogas. Evento que capacitou treinadores, comissário e mecânicos esportivos especializados em trabalhar na pista. Este projeto foi chancelado pela Confederação Brasileira de Pista, supervisionado pela FECIERJ. Evento elaborado e promovido pelo dirigente BERNARDINO VIEIRA DE OLIVEIRA, Presidente da Associação Elite Bike Rio, promotora do evento.

Notícia do site: http://www.lcc.esp.br/todas_noticias.asp?id=267

www.ciclismorio.org.br

www.eleitebikerio.com.br

quinta-feira, 5 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

ST. PAULOPOLY VIII Alley Cat - Hansa Hamburgo - 28.02.09






































No último fim de semana aconteceu em Hamburgo a oitava edição do racha de rua chamado “St. Paulopoly”.

Os rachas de rua (“alley cats”) com a temática do jogo Banco Imobiliário (Monopoly, na versão original em inglês) são comuns entre a comunidade de entregadores e ciclistas urbanos. O evento é nada mais, nada menos que um Banco Imobiliário jogado em escala 1:1.

A corrida de Hamburgo tem esse nome engraçado, devido ao lance acontecer apenas no bairro de St. Pauli (casa do time de futebol “FC St. Pauli”, adotado por 99% das pessoas “alternativas” da Alemanha).

Cada “casa” era na verdade um ponto de coleta (eram 13 os pontos espalhados por bares e lojas de bicicleta) e a cada ponto, se tinha de tirar a sorte nas cartas (que davam a possibilidade de ganhar dinheiro, perder dinheiro ou ir pra “cadeia”) e nos dados (que indicavam qual seria o próximo ponto de coleta). Cada um dos cerca de 250 participantes (sendo que talvez metade entregadores profissionais e a outra metade de “comutadores”, malucos, etc.) pagava 15 Euros pra participar, o que dava direito a uma camiseta e um cartão de raio do evento, além de uma sopa e entrada grátis à festa principal.

A minha aventura começou no sábado as nove da matina quando encontrei com dois mensageiros na Estação Central de Berlim, para pegarmos o trem até Hamburgo (um deles, o Klaus de Santiago do Chile, se mudou pra Berlim especialmente para trabalhar de entregador e o Arek, que trabalha também aqui em Berlim). Depois de cerca de quatro horas, chegamos a Hamburgo e pedalamos até a loja Suicycle (um dos organizadores do evento). Lá encontramos vários outros ciclistas que haviam chegado no dia anterior para outras provas e eventos e foi divertido conhecer pessoas da Bélgica, Alemanha, Holanda, Dinamarca, França, África do Sul, EUA, Escócia e de Hamburgo, é claro...Muitos deles entregadores profissionais que estavam ali apenas para o evento.

É normal que muitos deles viajem para eventos o ano todo e ao chegar se nota o espírito de camaradagem entre todos que vivem a vida sobre suas bicicletas, seja a trabalho, seja para ir ao trabalho...

Logo que chegamos na Suicycle, conhecemos o Izaak do Brooklin, NYC, que acabara de se mudar a Hamburgo e que cordialmente nos ofereceu pouso para o fim de semana (seu ap era melhor que um hotel cinco estrelas! Thanks for the help mate!). Depois de fazermos a inscrição e receber o mapa e o “manifesto” da corrida, fomos até o ap do anfitrião para deixar o peso extra das mochilas.

Quando voltamos até a loja, uma turma estava saindo pra fazer o reconhecimento dos pontos de coleta e aproveitamos para ir junto.

Depois do reconhecimento rolou uma comidinha grega e logo estávamos todos reunidos no início do percurso para um racha que duraria duas horas.

Eu diria que praticamente não existe espírito competitivo e que o que predomina é a camaradagem entre os ciclistas, que aproveitam o lance todo para fazer uma espécie de Bicicletada, fantasiando-se e “apavorando” as movimentadas ruas de sábado a noite da cidade.

Os pontos altos eram as filas nos pontos de coleta e cruzar a Reeperbahn entre carros, prostitutas, junkies e bêbados de fim de semana...

Depois de terminado o evento, uma festa nos esperava com banda ao vivo (tocando “HateMetal”...foi fóda agüentar! E djs tocando, urgh, Hip Hop e lixo dos anos 80 no melhor estilo “hipster” de plantão). A música tava ruim, mas o papo com a turma foi divertido...

Como estávamos todos cansados, fomos pra casa meio cedo. Na manhã seguinte acordamos e o café da manhã foi o filme dinamarquês “Um domingo no inferno”, sobre a corrida Paris-Roubaix de 1974 (com a participação de Moser, Merckx e cia.).

Depois do café, pedalamos por debaixo do Rio Elba pelo antigo túnel, até o estacionamento vazio de uma fábrica, onde alguns poucos bravos que resistiram ao sábado, se reuniram para uma amistosa partida de Pólo Ciclístico.

Como nosso trem saia as quatro da tarde, não pudemos ficar muito tempo, pois tínhamos mais uma jornada de quatro horas de volta a Berlim...