domingo, 18 de abril de 2010

Mediona e as Terras do Cava Catalão








Neste último sábado, voltamos as terras do saboroso Cava catalão, suas viniculas e intermináveis parreirais. Aliás, essa rota deve ser guardada com carinho, pois adequa tudo o que um ciclo-turista pode querer: pouco transito de veículos, asfalto bom, paisagens inesquecíveis, abundância de paradas para degustação, relevo divertido....
Como a rota era já mais ou menos conhecida e como eu não tinha a pretensão de ir com o grupo A, experimentei ir com a pisteira Diamant, que se mostrou bastante prazeirosa - a não ser nas descidas (um freio na frente teria deixado a brincadeira ainda melhor, não me deixando tão atrás do grupo nas descidas - não que isso tenha sido problema, pois nas subidas ganhava uma vantagem que em alguns momentos chegavam perto dos 5 minutos).
Passando os 120km de pedal e já bastante massacrado pela estrada e pelas variações do terreno, que apesar de não ter nenhuma montanha que imponha respeito, conta com bastante variação de subidas e descidas, passamos por um grupo de profissionais e semi-profissionais que ficaram curiosos em ver alguém pedalando um "equipamento" tão pouco propício para tal terreno e quilometragem (o comentário do Joan Font no post abaixo não me deixa mentir).
Retornando a Barcelona me deparei com a praça da Catedral em festa e tomada por grupos dançando a Sardana.




quinta-feira, 8 de abril de 2010

Corrida Maluca e Biritagem




Nobres, dois dias depois lhes digo, foi animal!

Sexta-feira, 18:15, horário de abertura das inscrições, pouco mais de uma dúzia de malucos já se aglomerava ao lado da banca de jornal na esquina da Pres. Faria com a Mal. Deodoro, dúzia essa composta por ávidos competidores e por outros amantes da cultura das bikes (O Gee do Curitiba Cycle Chic por exemplo), todos ansiosos pelo disparar da boiada, ograda melhor dizendo. Rapidamente os impostos foram colhidos e cada um dos corredores ganhou seu cartão pra ser carimbado. As garotas (aliás, muito obrigado garotas) que ficaram nos checkpoints foram brevemente apresentadas e a “regra” da corrida foi explicada, regra para vencer, não regra de conduta. Sim, nós sabemos que numa Alleycat não existem regras.

Pouco mais de 18:30, bikes no chão, competidores alinhados, todos eles coçando as pernas para sairem em disparada. 18:45 foi dada a largada, em menos de 30 segundos já não se avistava sequer um deles em meio aos carros no breve horizonte de engarrafamento, se não se via um deles, dava pra ouvir muito bem, parecia mais uma corja de ostrogodos sobre duas rodas emitindo grunhidos indecifráveis. Vale lembrar que teve de tudo, brakeless BMX, fixas (é claro), estradeiras e mountain bikes.

Pouco mais de 13 minutos (Você achou a corrida muito curta? Pau na sua lontra! Leia o cartaz novamente e ache o “mini”.) chegou o vencedor Jean (parabéns piá!), com seu cartão devidamente carimbado e exausto. Pouco a pouco foram chegando os próximos, cada um de um jeito, Cooper tentando parar no skid com sua relação ogra, Victor com a bike da Susan (uma das checkpoint girls), Sérgio (brakeless BMXer) pulando o meio fio e tentando não dar de cara na portaria de algum prédio de escritórios ali da Marechal…Enfim, pura diversão brindada com muita cerveja, uma ida ao Fantinatto e uma boa frenteada no Wonka, que podemos classificar como a 3ª 6FF, podemos?

Como já citado acima, entre os distintos engenheiros que completaram a corrida está o nosso mais do que querido Victor (dono dessa porra) que começou com uma bike e terminou com outra, confira o comovente depoimento do prodígio:

Foram menos de 48 horas desde a idéia até o início da corrida, ter reunido aquele bando de insanos loucos pra correr com tão pouca divulgação foi foda!

Diegueira deu a largada (tu tem que participar da próxima, porra) e todo mundo começou a correria meio quieto, não aguentei e comecei a berrar “aeeeeee caraaaaaaalho” e logo todos urravam como loucos no meio da rua. Pareciam um bando de Hooligans prontos pra briga.

Logo no início o primeiro perrengue: estava num corredor atrás do alemão e, lá na frente, dava pra ver que quase não havia espaço pra passar. Ele inteligentemente passou para outra via e eu continuei na mesma torcendo pra conseguir um espacinho em cima da hora que, obviamente, não surgiu. Nenhum puto de um carro se mexeu mesmo com o sinal aberto. Mandei um skid pedalando pra trás mas seria impossível parar sem acertar o ônibus, estiquei o braço pra amortecer o impacto e LÉÉÉÉÉU, dei uma cotovelada que destruiu a lanterna traseira da lata gigante com rodas. Perdi um tempinho mas voltei pra corrida.

Logo depois, estávamos no pelotão da frente com Cooper, Jean, alemão e eu. No cruzamento da Comendador com Brigadeiro o sinal estava fechado e seria impossível passar pelo meio dos carros sem reduzir. Não deu outra, todo mundo subindo na calçada “a milhão”. Bem na curva surgiram uns 6 pedestres e o Jean acabou esbarrando numa velhinha. Os outros pedestres se safaram por conta da gritaria absurda que promovemos.

Já depois do checkpoint da praça, o sinal fechou para os carros e um verdadeiro enxame de pedestres tomou a faixa. A gritaria pra abrir espaço começou de longe e vários humanos pararam e outros não. Um strike estava iminente, mas por obra de deus (que fode quem fala palavrão) não rolou e todos se safaram.

Já perto da federal o trânsito estava completamente parado, novamente seria impossível continuar na rua sem reduzir. Como estava na frente e não queria perder tempo, pulei pra calçada gritando pros pedestres. Pena que desta vez o pneu furou… o meu e o do alemão. Sem parar pra pensar, saímos correndo com as bikes penduradas no ombro. Na frente do guaíra peguei a bike da Susan (valeeeeeeeeeeu) e ainda deu pra completar a prova em quarto lugar.

Dá pra resumir assim: a corrida foi filha da puta de do caralho, ninguém morreu mas teve ônibus com luz quebrada, velhinha que foi acertada, 3 pneus furados e muito desrespeito. Enfim, uma filhadaputisse geral.

Pra quem correu, patrocinou (Weird & Nayp), ajudou nos checkpoints, ajudou a divulgar, foi conferir, enfim, pra todo mundo o nosso muito obrigado!

Saldo: Nenhum morto, alguns retrovisores quebrados, uma lanterna de ônibus quebrada, alguns pneus furados, diversão pra caralho e vontade de já fazer outra!

E vocês achavam que radical era fechar as Marechais com uma mandalinha depois de tomar Nescau Cereal em? Sem mais, pau na lontra!



Informações apropriadas na miúda do outro blog curitibano sobre fixas e chinelagem afins.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Não roubem meu selim!!!



Não sei até que ponto no Brasa um selim pode ser roubado (até por que lembro de ver um número razoável de bicicletas presas no poste - as vezes com uma boa trava, mas com blocagem no canote e o selim dando sopa, mas não lembro de ver bicis sem o dito cujo).

Já aqui em Barcelona...o caso é o contrário. Aqui não é fora do comum ver bicis com uma trava melhor protegendo o selim que a bicicleta!!! Realmente, aqui roubam até selim vagabundo de 5 pilas e é difícil caminhar por duas quadras sem ver uma bici sem selim. Inacreditável.

Uma boa saída para evitar voltar pra casa em uma "bicicleta de gaúcho" é utilizar uma corrente velha pra prender o selim, e claro, utilizar um parafuso ao invés da blocagem de canote - e se o parafuso precisar de dois tamanhos/tipos diferentes de chave, melhor ainda!

Caso riscar a pintura da bici ou do trilho do selim seja uma preocupação, basta encapar a corrente com uma câmara velha ou travar a mesma com um par de cintinhas de plástico.

Lembro que qualquer tipo de trava pode ser quebrada/cortada e que a idéia de utilizar-las é simplesmente evitar o "ladrão de ocasião" ou fazer com que o "ladrão pro" vá procurar outra magrela/selim que possa ser roubada mais facilmente.

Sempre deixe sua bici em local com grande circulação, prendendo ambas as rodas e o quadro a um objeto fixo (como um poste ou uma cerca de ferro, por exemplo)...ah, e utilize uma tranca que custe pelo menos 10% do preço da bici, porque aquelas da loja de 1,99 quebram até com um grito...