Nobres, dois dias depois lhes digo, foi animal!
Sexta-feira, 18:15, horário de abertura das inscrições, pouco mais de uma dúzia de malucos já se aglomerava ao lado da banca de jornal na esquina da Pres. Faria com a Mal. Deodoro, dúzia essa composta por ávidos competidores e por outros amantes da cultura das bikes (O Gee do Curitiba Cycle Chic por exemplo), todos ansiosos pelo disparar da boiada, ograda melhor dizendo. Rapidamente os impostos foram colhidos e cada um dos corredores ganhou seu cartão pra ser carimbado. As garotas (aliás, muito obrigado garotas) que ficaram nos checkpoints foram brevemente apresentadas e a “regra” da corrida foi explicada, regra para vencer, não regra de conduta. Sim, nós sabemos que numa Alleycat não existem regras.
Pouco mais de 18:30, bikes no chão, competidores alinhados, todos eles coçando as pernas para sairem em disparada. 18:45 foi dada a largada, em menos de 30 segundos já não se avistava sequer um deles em meio aos carros no breve horizonte de engarrafamento, se não se via um deles, dava pra ouvir muito bem, parecia mais uma corja de ostrogodos sobre duas rodas emitindo grunhidos indecifráveis. Vale lembrar que teve de tudo, brakeless BMX, fixas (é claro), estradeiras e mountain bikes.
Pouco mais de 13 minutos (Você achou a corrida muito curta? Pau na sua lontra! Leia o cartaz novamente e ache o “mini”.) chegou o vencedor Jean (parabéns piá!), com seu cartão devidamente carimbado e exausto. Pouco a pouco foram chegando os próximos, cada um de um jeito, Cooper tentando parar no skid com sua relação ogra, Victor com a bike da Susan (uma das checkpoint girls), Sérgio (brakeless BMXer) pulando o meio fio e tentando não dar de cara na portaria de algum prédio de escritórios ali da Marechal…Enfim, pura diversão brindada com muita cerveja, uma ida ao Fantinatto e uma boa frenteada no Wonka, que podemos classificar como a 3ª 6FF, podemos?
Como já citado acima, entre os distintos engenheiros que completaram a corrida está o nosso mais do que querido Victor (dono dessa porra) que começou com uma bike e terminou com outra, confira o comovente depoimento do prodígio:
Foram menos de 48 horas desde a idéia até o início da corrida, ter reunido aquele bando de insanos loucos pra correr com tão pouca divulgação foi foda!
Diegueira deu a largada (tu tem que participar da próxima, porra) e todo mundo começou a correria meio quieto, não aguentei e comecei a berrar “aeeeeee caraaaaaaalho” e logo todos urravam como loucos no meio da rua. Pareciam um bando de Hooligans prontos pra briga.
Logo no início o primeiro perrengue: estava num corredor atrás do alemão e, lá na frente, dava pra ver que quase não havia espaço pra passar. Ele inteligentemente passou para outra via e eu continuei na mesma torcendo pra conseguir um espacinho em cima da hora que, obviamente, não surgiu. Nenhum puto de um carro se mexeu mesmo com o sinal aberto. Mandei um skid pedalando pra trás mas seria impossível parar sem acertar o ônibus, estiquei o braço pra amortecer o impacto e LÉÉÉÉÉU, dei uma cotovelada que destruiu a lanterna traseira da lata gigante com rodas. Perdi um tempinho mas voltei pra corrida.
Logo depois, estávamos no pelotão da frente com Cooper, Jean, alemão e eu. No cruzamento da Comendador com Brigadeiro o sinal estava fechado e seria impossível passar pelo meio dos carros sem reduzir. Não deu outra, todo mundo subindo na calçada “a milhão”. Bem na curva surgiram uns 6 pedestres e o Jean acabou esbarrando numa velhinha. Os outros pedestres se safaram por conta da gritaria absurda que promovemos.
Já depois do checkpoint da praça, o sinal fechou para os carros e um verdadeiro enxame de pedestres tomou a faixa. A gritaria pra abrir espaço começou de longe e vários humanos pararam e outros não. Um strike estava iminente, mas por obra de deus (que fode quem fala palavrão) não rolou e todos se safaram.
Já perto da federal o trânsito estava completamente parado, novamente seria impossível continuar na rua sem reduzir. Como estava na frente e não queria perder tempo, pulei pra calçada gritando pros pedestres. Pena que desta vez o pneu furou… o meu e o do alemão. Sem parar pra pensar, saímos correndo com as bikes penduradas no ombro. Na frente do guaíra peguei a bike da Susan (valeeeeeeeeeeu) e ainda deu pra completar a prova em quarto lugar.
Dá pra resumir assim: a corrida foi filha da puta de do caralho, ninguém morreu mas teve ônibus com luz quebrada, velhinha que foi acertada, 3 pneus furados e muito desrespeito. Enfim, uma filhadaputisse geral.
Pra quem correu, patrocinou (Weird & Nayp), ajudou nos checkpoints, ajudou a divulgar, foi conferir, enfim, pra todo mundo o nosso muito obrigado!
Saldo: Nenhum morto, alguns retrovisores quebrados, uma lanterna de ônibus quebrada, alguns pneus furados, diversão pra caralho e vontade de já fazer outra!
E vocês achavam que radical era fechar as Marechais com uma mandalinha depois de tomar Nescau Cereal em? Sem mais, pau na lontra!
Informações apropriadas na miúda do outro blog curitibano sobre fixas e chinelagem afins.
Um comentário:
Buenas, soy Joan Font, te vi el otro dia bajando con tu Fixed por Font Rubí. Una vez mas te lo digo, me quedo impresionado viendo el control que tenias bajando el puerto sin frenos.
Mi blog es www.joanfontblog.blogspot.com
Un saludo
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