terça-feira, 22 de setembro de 2009

Fracaso absoluto del 'Día sin coches'

Essa foi a manchete da notícia que saiu na Vanguardia sobre o Dia Mundial Sem Carros aqui na Espanha.

A notícia chama atenção para a "falta de envolvimento das prefeituras locais e do Ministério do Meio-Ambiente e das contradições entre os discursos de mobilidade sustentável e a realidade das políticas aplicadas".

O mais engraçado, é que utilizando dados do RACC, a notícia não explicita o fato de que toda a perda de tempo anual com engarrafamentos tem apenas 1 culpado: o usuário do veículo de transporte individual. Além disso, ficamos com um gosto de que a culpa é do transporte público (em média, 10 minutos mais lento que o veículo privado!!!), por não ser ressaltado que o transporte público é lento - os ônibus no caso - justamente por culpa dos carros. É óbvio que a matéria foi escrita por um carrocrata, que sequer considerou o Bicing como transporte público (mais do que comprovado, a bici é mais rápida do que o carro particular nos grandes centros e Barcelona não é exceção)...

E CWB a quantas anda?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Concentração e testes para a seleção espanhola em Barcelona

Diretamente do site da Federação Espanhola de Ciclismo...

Chronicle, 15/09/2009

A seleção completa dos espanhóis participa na Taça da Europa Track - III Trofeu Ciutat de Barcelona, realizada de 25 a 27 de Setembro. Especificamente com os corretores Sergi Escobar, Eloy Teruel, Unai Elorriaga, Pablo Aitor Bernal, Sebastian Mora e Alberto Torres, bem como Leire Olaberria.

No entanto, os sete ciclistas são convidados a concentrar toda a semana em Barcelona, sob as ordens Iriberri Ion, a primeira atividade de preparação antes da temporada 2009-2010.

COPA SMEL DE PISTA – 2009


PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Secretaria Municipal do Esporte Lazer

Diretoria de Esporte

Gerencia Matriz

7ª Etapa COPA SMEL DE PISTA

DIA 19 DE SETEMBRO DE 2009

Sábado as 14:00 h

Velódromo de Curitiba

Inscrição gratuita

sábado, 5 de setembro de 2009

Bicicletas Moulton



Existem duas coisas que as vezes são difíceis de explicar até mesmo para ciclistas experientes...Uma delas é o fato de que "o freio que faz um veículo (sendo a bicicleta incluída nesse grupo, é claro!) frear é o dianteiro" e a outra é que "apenas o tamanho da roda não influi no fato de uma bicicleta ser rápida ou lenta".

Não tentarei aqui explicar (mais uma vez) que o freio dianteiro é indispensável em qualquer veículo, mas tentarei mais uma vez explicar que o tamanho das rodas por si só não define o ganho da transmissão de uma bicicleta.

Como explicou o mestre Sheldon Brown, talvez a idéia de que o diâmetro das rodas por si influam na "velocidade" de uma bicicleta venha da época das Penny-farthing - quando, por os pedais estarem conectados diretamente ao eixo da roda dianteira (a primeira fixa da história), sem a transmissão por corrente e engrenagens como na "bicicleta de segurança" - quando se aumentava o diâmetro da roda quando se queria uma "marcha mais pesada".

Fato é que até hoje alguns ciclistas dizem que as bicicletas dobráveis "são apenas para uso urbano lento", pois têm rodas pequenas, ou que alguns motociclistas acreditam que as Vespas e motonetas em geral com rodas de 8 ou 10 polegadas são "perigosas".

Enfim, o que estes esquecem, é que na equação da transmissão de uma bicicleta, o diâmetro da roda traseira é uma das variantes e não a única. Além dessa variante, contamos com o tamanho da coroa, do pinhão e do pedivela.

Dito isso, apresento aqui a bela Moulton - que junto da Brompton - seja talvez a melhor e mais bem construída bicicleta dobrável.

As fotos dessa postagem ilustram essa "pequena notável" em sua versão FIXA batendo o recorde Cardiff-Londres em 1962 e no velódromo de Herne Hill em 1963 com Tom Simpson (uma boa ilustração de que não só com rodas grandes podemos ir rápido!!!).

Aqui temos alguns métodos de cálculo do ganho de sua transmissão:

http://sheldonbrown.com/sliderule.html

http://sheldonbrown.com/gears/


http://sheldonbrown.com/gain.html


http://software.bareknucklebrigade.com/

3º Desafio Intermodal de Curitiba


Sem mais nenhuma surpresa, o ciclista vence o Desafio Intermodal mais uma vez, mas os motoristas curitibanos ainda preferem se submeter à escravidão carrocrata.

O interessante é que esse ano o desafio contou com um portador de necessidades especiais, o que além de chamar a atenção ao carro particular ser a pior escolha na hora de se locomover de A até B, assim como os ciclistas, os cadeirantes carecem de infra-estrutura básica para se locomoverem dignamente pela cidade.

Nós somos o trânsito!

Mais detalhes nos links:

Vá de bike

Ciclista vence pela terceira vez consecutiva desafio de mobilidade de Curitiba

A imagem dessa postagem foi retirada daqui.

Ao ciclista desconhecido

por Jorge Eduardo

Recorro a este blog porque, se você não o lê, alguém que você conhece deve ler e lhe transmitirá esta epístola. Também está no meu blog (http://blaguedoblog.blogspot.com), mas este só eu leio.
Pois é, companheiro. Fui eu que hoje (sexta), por negligência, por confiar na buzina e, instintivamente, pensar que seu instinto supera a razão, acabei por derrubá-lo de sua briosa bicicleta quando eu buscava entrar na garagem do prédio onde moro.
Escrevo esta para, sonoramente e em público, pedir-lhe desculpas.
Fui negligente, sim, e principalmente arrogante por achar – e não é o que realmente penso – que uma buzinada seria o bastante para que você diminuísse a velocidade a me deixasse passar.
Deixar por quê? Você trafegava à direita da pista, bem junto à guia, respeitoso com as regras do trânsito. Deve ter acreditado que eu, civilizadamente, frearia meu possante 1.0 e esperaria você passar para, em seguida, eu entrar na garagem.
Paguei o preço do que me livro todos os dias nessa Itupava que agora virou via rápida. Quando me aproximo de casa, dou sinal com a seta, coloco o braço pra fora e faço aqueles gestos de lei que ninguém mais usa e, ainda assim, ouço freadas e, vez ou outra, um filhodaputa pela orelha esquerda. Hoje tinha um carro colado atrás do meu e achei que dava tempo de te ultrapassar e encostar na entrada do prédio.
Errei, e errei feio, e é por isso que peço desculpas.
Isso não me absolve, por certo. Cometi uma infração de trânsito por agir com negligência e não respeitar o ciclista.
Mas, como aconteceu de eu subir para ligar para o corretor de seguros e você partir sob aplausos da multidão, resta-me falar com você por meio do glorioso Blog do Zé Beto.
Você e sua baique saíram ilesos da minha barbeiragem. Eu, logo que constatada minha culpa (tanto que subi e liguei para o corretor de seguros), faria questão de te indenizar, se dano houvesse. Como tudo não passou de um baita aborrecimento, principalmente para você, obviamente, restar-me-ia a vergonha do erro cometido em público e um contrito pedido de desculpas.
É o que faço agora, no meio da praça, para purgar o mal que lhe causei.
Mas entenda algumas coisas:
1 – Eu não estava a 190 km por hora, embriagado, apostando racha com um bacana ainda não-identificado;
2 – Aconteceu um lamentável, mas superável acidente de trânsito, felizmente sem ferimentos físicos e sem danos materiais;
3 – Você não precisava tentar me dar lição de moral e de cidadania em público, como se estivesse diante de um débil mental;
4 – Você não precisava bradar que queria ver o mesmo acontecendo com meu filho;
5 – Você, enfim, não precisava dar aquele show, bancando a vítima de um motorista insano, um cretino que não respeita o ciclista;
6 – Você, ciclista desconhecido, comportou-se como um motoboy, e até agora, preocupado, espero manifestação de ciclistas diante do meu prédio, chamando-me de assassino, bradando “nóis qué justiça” e coisa e tal;
7 – Você não é dono da verdade e bicicleta é veículo, portanto sujeita a acidentes – por certo, sempre lamentáveis.
De minha parte, quero lhe assegurar que, de agora em diante, redobrarei meus cuidados e frearei meu possante para deixar o ciclista passar (quando voltar a dirigir). É assim, na verdade, que me comporto no dia-a-dia- do trânsito.
Hoje, infelizmente, errei, pelo que me penitencio.
Ao final e afinal, peço-lhe desculpas mais uma vez, dou-lhe os parabéns pelo show e prometo ser um bom menino daqui por diante.
Se você for, por um acaso do destino, o ciclista filho do Jacques Brã, campeão mundial de ciclismo de rua e defensor das baiques, pergunte-lhe sobre mim e ele lhe dirá que eu, apesar de tudo, sou um bom sujeito.
Traumatizado pelo acidente e pela bronca, fui trabalhar a pé esta tarde e pretendo voltar a ser pedestre daqui por diante. Melhor assim.
E ai de você, ciclista desconhecido, se subir na calçada onde eu caminho ou, se eu estiver deitado na rua, me mandar sair da frente.
Aí serei eu o certo e você não escapará dos meus sopapos.
Boa sorte a você e aos demais ciclistas curitibanos.
Assinado: Jorjão, agora e de novo o pedestre-dono-de-todas-as-verdades, um ser superior aos motoristas, aos motociclistas e até aos ciclistas.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

ARTE BICICLETA MOBILIDADE 009



Precisamos passar do trânsito como suplemento do trabalho ao trânsito como prazer.

Setembro em Curitiba é o mês da bicicleta. Talvez os administradores públicos ainda não saibam disto, mas os artistas e ativistas que vivem na cidade assim instituíram. O evento ARTE BICICLETA MOBILIDADE teve início em 2007 e caminha neste ano para sua terceira edição. A idéia é criar um mês 'cívico cultural' com diversas atividades acontecendo em toda a cidade, culminando na 'Marcha das Mil Bikes' no dia 22 de setembro, início da Primavera e o Dia Mundial Sem Carro.

O coletivo interluxartelivre, juntamente com o Grupo Transporte Humano, Projeto Ciclovida, Núcleo de Psicologia do Trânsito da UFPR, Sociedade Peatonal, Rede Paranaense de Comunicação e as ações da Bicicletada de Curitiba, pretende jogar um questionamento sobre a falta de uma política pública exemplar para as bicicletas como meio de transporte na cidade.

Para iniciar o mês, logo no dia 1º, haverá a terceira edição do Desafio Intermodal - uma pesquisa sobre os diferentes modais de transporte mais utilizados, seus benefícios e malefícios para a vida social e privada. Nesta edição teremos dois participantes de cada modal - bicicleta, carro, ônibus, motocicleta, pedestre, corredor - e duas pessoas com problemas de acessibilidade.

O Desafio sai às 18hs do prédio histórico da UFPR (Pça. Santos Andrade), tem como ponto intermediário o DCE da PUC-PR e ponto final a sede do jornal Gazeta do Povo (pça. Carlos Gomes). Serão colhidos dados objetivos de tempo, gastos financeiros e poluição; e subjetivos de nível de satisfação e stress com o modal escolhido. O relatório será entregue aos meios de comunicação e às autoridades competentes afim de que medidas práticas e eficientes sejam tomadas para melhorar a qualidade de vida de todos.

O mês continua com exposições no Beto Batata, intervenções urbanas, ciclecine na Cinemateca, debates e palestras abordando o tema da ciclomobilidade e muitas outras atividades.
Para maiores informações:
Goura Nataraj (interlux) - 9678-7091
Fernando Rosenbaum (interlux) - 9639-2079
José Carlos Belotto (Ciclovida UFPR) - 9926-4096
Luis Carlos Patrício (Grupo Transporte Humano) - 8416-6101

ARTE BICICLETA MOBILIDADE 009

No link abaixo estão os relatórios dos dois primeiros desafios - http://bicicletadacuritiba.wordpress.com/arquivos/

A programação completa do mês segue em anexo e no seguinte link - www.artebicicletamobilidade.wordpress.com