quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Avaliação das pisteiras disponíveis no Brasil



Frame
Reynolds 520 Double Butted full CrMo
Fork CrMo track
Headset Cane Creek A-Headset
Rims Weimann SP17 Alloy, Doublewall, black
Hubs Alloy Flip-Flop Track, black
Tires Kenda Koncept 700x23c, Kevlar
Spokes 14G Stainless 36°, black
Front Derailleur N/A
Rear Derailleur N/A
Shifters N/A
Chain KMC Z30
Crankset FSA Vero Track, 165mm x 48T, black
Bottom Bracket Sealed Cartridge
Cassette Shimano Dura-Ace SS-7600, 16T
Pedals Alloy road w/toe clips & straps
Seatpost Alloy micro-adjust
Saddle San Marco Ponza Lux
Handlebar Alloy track bend, black
Stem Alloy 3D Forged, black
Tape Cork Tape, black
Brake Levers Tektro alloy top mount, Front Only
Brakes Alloy dual pivot, Front Only
Color Flat Dark Gray
Frame Size 50, 53, 57, 60cm (measured center-to-center)



The original Giant fixie is back... and it is ready for commuting, cruising or courier duties.
— Custom-bend alloy track style drop bar
— Front and rear caliper brakes or go brakeless—your choice
— Durable double walled alloy rims with 32-spoke high flange hubs, flip-flop rear hub for 17T fixed and freewheel included, wheelset

Até onde sei, poucas lojas especializadas em ciclismo oferecem bicicletas de pista prontas no Brasil.
Os modelos disponíveis no mercado brasileiro são a GIANT BOWERY (oferecida pela Renato Estrella Bicicletas do RJ) e a KHS FLITE 100 (oferecida pelo Jamur Bikes).

Ambas na faixa dos R$2.000,00 e com características particulares.

A outra opção disponível são os quadros de pista. Imagino que seja mais fácil encontrar quadros novos de outras marcas como Pinarello ou até mesmo da consagrada Bianchi em catálogos ou mesmo com pronta entrega em lojas brazucas.

A outra opção e que apresenta a melhor relação custo x benefício, são os quadros feitos na bicicletaria curitibana "Euro Bikes - Cicles Romeo". Os quadros são em geral feitos sob medida e usam como base quadros de estrada de Cromo-molibdênio (aço) das décadas de 70 e 80 e que custam cerca de R$300,00 (Incluindo redimensionamento, ponteiras de pista e pintura fosca básica).

Enfim, outra opção é a "garimpagem". Foi assim que consegui minha Enrique Ali (através do Marcelo Afornali). Nunca se sabe quando podemos encontrar um belo quadro de pista "esquecido" em alguma bicicletaria ou na garagem de algum atleta.

A bicicleta de roda-fixa, isto é, bicicletas de todas as modalidades que adotam o pinhão-fixo em seu conjunto de tração, pode ter como base qualquer quadro, mas é claro que apenas os quadros projetados e fabricados para o uso na pista é que podem ser utilizados nos velódromos.

Muitos fabricantes, devido a pouca atenção dada à esta modalidade nos anos 80 e 90, deixaram de produzir quadros específicos para pista. Graças ao ressurgimento da modalidade (não por influência do esporte praticado oficialmente nas pistas inclinadas e sim por influência de um pequeno grupo de entregadores que utilizavam tais máquinas nas ruas de grandes centros urbanos), marcas como Bianchi, Cinelli, Colnago, Trek, KHS, Pinarello, Specialized e Giant retomaram, iniciaram ou re-ativaram suas linhas de produções de pisteiras.
Destaco aqui a Cinelli que apesar de há tempos produzindo a moderna Vigorelli, voltou a fabricar a clássica SuperPista (baseada no modelo de estrada SuperCorsa e mantendo o método de construção com cachimbos, ao contrário da Bianchi que optou pelo método "sem-cachimbos" de seu modelo Pista).

Isso disponibilizou uma variedade grande de quadros de pista ou híbridos (quadros baseados em modelos de pista, porém com geometria mais folgada e com a presença de furo para instalação de freio dianteiro para uso nas ruas). Estes quadros podem ser encontrados em várias lojas estrangeiras e no eBay (já se pode inclusive encontrar a versão Xing-Ling completa por cerca de 200 Libras - cerca de 800 reais - em lojas do eBay.co.uk).

Por último, e com muita sorte ($$$), pode-se conseguir um autêntico quadro japonês de Keirin homologado pela NJS e feitos à mão por um seleto número de artesãos.

Voltando à realidade brasileira, eu ficaria sem dúvida com um quadro curitibano do Cicles Romeo como base para uma pisteira montada com peças como: cubos fórmula, aros vzan, pedivela Sugino, corrente de BMX, mesa standard e guidão Cinelli ou afim e seu pedal favorito para estrada (material facilmente encontrado nas melhores lojas). Com esta configuração você consegue uma fixa de ótima qualidade por menos de R$1.000,00.

Quanto as bicicletas prontas, lembro que o fator principal na escolha é se a magrela será utilizada na rua ou no velódromo.

Quando o objetivo é pedalar pelas ruas e como eu sempre digo "nós amadores não lutamos por décimos de segundo pra chegar ao trabalho", o objetivo é uma bicicleta rígida que aguente o tranco!

Avaliando as duas opções, diria que a melhor é a KHS, que mesmo apresentando freio dianteiro mantém a geometria fiel das pisteiras e é feita de "CrMo" (podendo ser utilizada com conforto tanto nas ruas como num velódromo), ao contrário da Giant que é uma "falsa pisteira", ou melhor, uma híbrida que foi concebida pra ser usada nas ruas e não nos velódromos e é feita de (urgh!) alumínio...

3 comentários:

Anônimo disse...

Reparem que o quadro Cinelli de aço é mais leve que o de alumínio!
Essa geometria slooping da Giant não me agrada, tenho uma Caloi Strada com a mesma geometria e não é o ideal para pista. O Hunger me ofereceu essa bike por R$ 1800.

A Masi produz belas bikes de cromo:
http://www.masibikes.com/tab4_subNav2.php

Gabriel Nogueira disse...

Realmente, também acho horrível essa geometria inclinada...
Já vi algumas Masi pelas ruas e realmente são bacanas.
O que eu não gosto muito é o conjunto Quadro Clássico + Caixa de Direção "Over"...

Dentro de todas as opções ainda fico com a geometria clássica de um quadro de aço antigo.

Ps: Não vejo a hora de dar uma volta de fixa com o Paulo em CWB e presenciar "El Ciclista Justiciero" em ação!;-)

Anônimo disse...

Nem tinha reparado no detalhe da caixa. Mas acho que é a tendência, já que é muito difícil achar caixas STD descentes. Hoje achei uma Shimano STX perdida no Hunger, mas era mosca branca.

Uma bike com geometria clássica é sempre mais bonita, gosto mais ainda das que tem o top tube levemente inclinado para frente, como a minha he he.

Pode deixar Gabriel, oportunidades não vão faltar. Hoje foi a vez de um advogadinho valentão, que depois ficou gaguejando.

Abraço!