quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Fixa Raul Sanvicente


Confesso que no início eu confundia bicicleta fixa com singlespeed. Esclareci-me nas páginas do saudoso Sheldon Brown e tornei single uma MTB de 21 marchas que tinha. Também troquei por um pedivela melhor e a bike emagreceu de cara 2,5 quilos! Ficou ótima.
Porém, nas pesquisas conheci o conceito da fixa. E fui atrás. Olhei tudo. Vi os filmes. Li e reli os textos disponíveis e encontrei um blog italiano cujo dono se oferecia para ajudar quem quisesse montar a sua fixa. Estava com uma viagem de turismo marcada para a Itália e aliei as duas coisas. O Aldone me indicou uma loja em Milão e lá comprei um quadro de pista, o Cinelli Vigorelli. A montagem ficou pronta há alguns dias e andei com ela quatro vezes, inclusive numa coisa que tem aqui em Porto Alegre, no Parque Marinha, que insistem em chamar de velódromo. No começo é estranho, mas depois você entende melhor a máquina e que os freios estão na força das suas pernas. Não ando em velocidade maior da que não posso faze-la parar. Ainda não faço skid, etc. e nem sei se um dia conseguirei fazer, mas andar de fixa é muito interessante...mesmo. Descer ladeira, nem pensar, por enquanto. Mas todos sabem que leva um tempo para o ciclista fixado se acostumar. E a bike ficou linda, nçao pé mesmo? A relação que estou usando é 46/18, um pouco cautelosa, ainda. O guidão ficou um pouco largo, talvez serre um pedaço nas pontas. Mas no geral a idéia é esta.

5 comentários:

Anônimo disse...

Sobre freios e ladeiras.

Eu não uso o freio, ele atrapalha de um jeito ou de outro. Frear uma fixa usando o freio é desagradável e desajeitado... consigo fazer qualquer trajeto sem ele. O planejamento inteligente do percurso, o olhar lá na frente antevendo os obstáculos e ações, a velocidade mais controlada e constante, a programação do cérebro e os truques pra frear com a força do pedal fazem o serviço muito melhor que qualquer freio.


O problema são as emergências! Se me quebra a corrente num descidão (como já aconteceu), quem poderá me defender?

Gabriel Nogueira disse...

Em caso de arrebentar a corrente é possível frear das seguintes maneiras:

1- Estar de luva de couro e colocar a mão no pneu dianteiro na frente do garfo (não coloque a mão no pneu atrás do garfo, pois sua mão será quebrada quando for forçada a passar entre o garfo e o pneu);

2- Tire um dos pés da pedaleira e coloque entre o pneu traseiro e o tubo do selim. Basicamente aquele jeito "clássico" de frear de quando éramos pequenos e a bicicleta não tinha freios decentes e tal...

3- Abandonar o navio! Mulheres e crianças primeiro!

4- Utilizar o freio dianteiro!

Anônimo disse...

o problema é você ficar calmo e lembrar destas coisas na hora do apuro.
ainda bem que tenho freios.

Rogerio Motta disse...

o comentário 3 do Gabriel é o melhor , usar sapatilha é impossível na fixa ?

Gabriel Nogueira disse...

Oi Rogério. Usar sapatilha não é nada impossível, há anos pedalo a pisteira pela rua e no velódromo de sapatilha. Faz um tempo tentei voltar ao firma pé na cidade e achei um saco...Grande invenção essa da Look...